domingo, 30 de dezembro de 2007

Guia de Baladas

Um educativo guia sobre as famigeradas "baladas". Clique na imagem para aumentar.


sábado, 29 de dezembro de 2007

BEIRUT

Eu queria postar mais algumas coisinhas antes do ano novo, mas não queria que fosse música, moda e adereços. Relutei bastante até que não teve jeito, nos últimos minutos do segundo tempo encontrei uma bandinha delicia demais para não registrar: os ciganos, hermanos, piratas franceses da "orquestra" Beirut. Para começar o vocalista, Zach Condon é umm... Que de acordo com o Felipe colaborador fantasma do Retro, Zach é o tipo de cara que se pareça com um monte de gente ao mesmo tempo (Wagner Moura.. Johnny Deep.. Voz de ...). Realmente ele e a voz segue um perfil do que faz sucesso por aí, senão fosse por alguns detalhes. Mesmo que eu tenha percebido que o timbre se pareça um pouco com o de Brandon Flowers do The Killers e até mesmo o jeito manhoso e arrastado do Amarante do Los Hermanos, eu consigo sentir uma certa identidade no conjunto todo, tornando-se uma das melhores coisas musicais de 2007, para mim. Além do mais, não dá para escapar das influências.






















O CD também, “The Flying Club Cup”, sem dúvida, dá muito prazer em ouvir. Surpreende com a riqueza de arranjos e instrumentos tão peculiares - Viola, acordeom, bandolim, trompetes, flugelhorn e orgão - . Ficando a frente dos meus xodozinhos, “The Shepherd's Dog” da banda Iron and Wine, “White Chalk”, da PJ Harvey, “Back to black”, da Amy Winehouse e o “In Rainbows” do Radiohead.

Eu sei que virão pedras, tomates e algumas hortaliças depois disso. Me apaixonei loucamente, viciei e já é a minha trilha sonora melancólica-divertida para o próximo ano.

Quem disse que dentro do drama não há diversão, tsé?

Ao mesmo tempo em que a maioria das melodias arrastadas de Zach constroem climas pra lá de melancólicos, o resto da banda trata de rebuscar algumas pinceladas em diversos ritmos e sentidos, dando assim, ao quadro, cores circenses, figurando costumes franceses em danças ciganas.


Tá aqui é só ouvir.


Beirut - "Nantes"

site com o video de cada música
cada foto uma música.
bem apaixonante.
http://flyingclubcup.com/spip.php?rubrique1

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

adereços musicais

Biografia sonora de Bob Dylan narrada por Patti Smith, de graça!

, melhor que isso só se fosse ela tentando falar em português! A gravação está em inglês. Mas é bastante clara, dá para entender. O 'documentário" tem duas horas, em vinte partes. Mas no site só foram postadas 10! http://blogs.legacyrecordings.com/podcast/category/bob-dylan/

O negócio é esperar.




O Bob tah com tudo. O filme sobre sua vida e a visitinha ao Brasil estão todas programadas para o começo do ano.


ainda de música....

Esses dias atrás caí de pára-quedas em um show de Carlos Careqa. Não é um nome muito conhecido no meio musica comercial, do qual ainda "Skanks" e "Jquests" da vida ainda tomam conta, na verdade ele vai na contramão de tudo isso. As suas peças de teatro, músicas o seu jeito de apresenta-se ao público, irreverentes, já conquistou o lado oposto há muito tempo. O cara está circulando com o espetáculo "Á espera de Tom", onde Careqa interpreta, em português, as músicas de Tom Waits. Careqa é extremamente engraçado e varia o timbre de sua voz em intervalos de tempo curtissímos: vai do grave para o fino, para o esgarniçado e volta para o grave (semelhante à voz de Tom). Além de possuir letras incríveis é um sujeito muito doce . Tive o prazer de conhecer e receber conselhos astrológicos e psicológicos dele. Faz algum tempo que fui ao seu show, queria ter postado antes. Hoje folhando a "Bravo!" de dezembro, deparo, justamente, com uma crítica do espetáculo. Eu não conhecia o Tom Waits, antes. Confesso que depois disso tudo não sei se gosto mais do Tom Waits interpretado por ele ou do verdadeiro!

http://www.myspace.com/carloscareqa - ouçam suas músicas



quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

"Lagartixando" para as tendências

Como discutir moda sem falar em tendências?
Já que falando a respeito de moda estarei, involuntariamente, discutindo tendências?
Sem contar que postando alguma coisa sobre moda consequentemente também estaria criando um sentido natural para tudo que eu for escrever!!
Depressão.
Será que também não passo de mais uma tendência?
”Estamos em tendências”.
Tudo que nos cerca nos engole.
E não é só a moda que se inclina, são todos os objetos que podem ser consumidos de alguma forma.

Este post é uma derivação do anterior. Acho que esse assunto ainda gera bastante discussão:

“Tendência”

No post anterior dizia que a moda só é irritante, e aparentemente fútil, por culpa das pessoas e suas “tendências”. Não dizia sobre as pessoas comuns - aquelas que vão a lojas de departamento (aliás que eu também vou) e compram a sua blusa cor de pêssego podre para ficar semelhantes a fulana de tal da revista. De toda maneira, sobre os fashionistas bitolados que vivem e discutem só sobre esse assunto. Convivem apenas com pessoas do meio e que transformam a moda numa coisa intocável, chata e o escambau. É esse padrão ilusoriamente dito como “despadronizado”, de estilo, que faz com que a gente venha acreditar ser o original, mas não é.

Em contrapartida a arte que está embutida no contexto e nos conceitos desaparece. E aquilo que é feito com seriedade torna-se, também, parte de uma grande massa ignorada e sob efeito de preconceito.

O meu maior exemplo foi quando entrevistei estudantes de moda. Quando eu perguntei sobre as inspirações, influencia em estilistas e suas preferências, todos sem exceção, me olharam estranho, como quem gostaria de ter dito: "puta merda, estudo tanto tempo, crio o meu formato para você me perguntar em que estilista me inspirei?". A partir desse momento vi que existem cérebros inteligentíssimos por trás de tecidos e cortes estruturados envoltos em modelos magérrimas, que constroem conceitos de acordo com estudos profundos em arquitetura, animais, histórias, obras de arte e teorias. Isso, definitivamente, é moda. Na sua mais pura essência. Ta certo que depois vira tendência e estraga tudo.

Recebi um comentário bastante sensato da Marti, que também tem um blog. Em suma, ela dizia que as pessoas precisam das tendência para se sentirem seguras.Concordo com ela, ainda sim, não apenas no discurso da moda, mas num modo geral. Alguns seres humanos precisam da aceitação. Os que não precisam criam para os que precisam consumirem. Simples.
Falando sobre moda ou não, entenda-se num plano aberto: todas as pessoas bitoladas que só discutem e vivem coisas específicas me deixam com preguiça. Seja ela quem for. E tenho dito.

Quer ver algo estúpido?

Quer ver algo estúpido?












































Elogiei a Vogue inglesa no ultimo post, mas não precisa ser assim sempre. Veja que a tendência do mundo, resumida em uma única peça da Dior, está na edição de dezembro na Vogue China e Japão
É por isso que a moda - como os filmes e as novelas - da arte passa a ser algo tão corriqueiro.
Acabou!
Igual a revistas semanais de fofocas e suas manchetes sobre o casamento. Ou até mesmo todas as revistas mensais (que nós bem conhecemos) dilacerando detalhes a partir de um suposto acidente do século. A tendência burra faz com que a gente se sinta satisfeitos por um tempo. Logo em seguida, nos enjoa, nos dá repugnância. Por último, dando continuidade ao processo cíclico, ela nos abocanha a cabeça, enquanto a gente engole o seu rabo.


pronto falei.

domingo, 16 de dezembro de 2007

arte e adereços.





EU VI...















Finalmente me rendo. O meu discurso sobre não estar tão ligada à moda falhou. Ultimamente tenho feito editoriais e acabo reparando em alguns que vejo por aí. As revistas de moda brasileiras estão deixando a desejar, ao contrário das européias que mensalmente nos surpreende. Todo mundo pode achar que é um assunto bastante fútil. Também concordo às vezes. Acho que a culpa não é necessariamente da moda, mas das pessoas que a torna algo irritante, com todas as suas manias de estarem ligadas à tendências. Mas esse é um post para uma outra ocasião, ou não. Detesto ler sobre essas coisas. Quero mostrar hoje as coisas interessantes que vi esta semana. Por exemplo a capa da Vogue Itália, com o editorial chamado "Vogue Paterns". A delicinha do lado de dentro é surpreendente: 20 páginas em imagens baseadas em conceitos de arte, e moda kitsch.











Bem modesta essa produção. Queria alguns milhões para fazer o mesmo.
















loja





Parece as Havaianas, mas não são. Depois de revirar o site das Havaianas junto com o Gustavo, e ver 45454 milhões de Havaianas diferentes e não achar a que eu queria, trombei em um blog "amigo" e encontrei o site oficial. A marca é Dupé. Nada original, convenhamos. Mas existe uma porção de sandalinhas como estas. Linda, ? Tratei de buscar o telefone para mais informações. Vou ver se mando alguém trazer para mim.










Número 0800 819133




emendando...
Falando em utensílios kitsh, assisti a um filme hoje, "Tudo sobre minha mãe", do Almodóvar. Não é um filme novíssimo, mas combina com os adereços. Além de não ser novidade a história não é uma das mais emocionantes. Eu diria que é bastante morna. Tudo é muito amarradinho, as cores características ( que apesar de tudo eu amo), os dramas folhetinescos. Me desculpem aqueles que amam o Amodóvar, mas quase morri de tédio e achei que estava vendo alguma novela global. Porém com um detalhe, estava repleto de Reginas Duarte! Com tanto chororô. Confesso que o filme não tem erros grotescos. é um filme premiado. Não é ruim. Não tem nada. Acho que é justamente por isso! Não dá margem para questionamentos. Ou engasgar em um "Mah, mah.. mas..". Certo demais. Começo, meio e fim, definidinhos. O que eu posso esperar mais de um filme? Que faça, pelo menos, eu dizer: " Puxa eu nunca vi isso antes em algum lugar".

Pronto falei.





segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Móveis Coloniais de Acaju

foto: Roberto Ortega

Irreverência e diversão, esse é o perfil da banda brasiliense que desestrutura qualquer pessoa, até aquelas que gostam do que vai contra o que a banda faz.
Mas, a final, qual é o som que eles fazem?

Dizem por aí - tomei a liberdade também de saber por eles - que o som é uma “feijoada búlgara”, por conta da diversidade de elementos, pessoas, ritmos e tudo que faz o público, a banda e o vocalista se mexer. No total são 10 músicos em cima do palco, produzindo gestos e coreografias.

Na verdade, o show desse pessoal é uma verdadeira festa grega, misturando aspectos judaicos, noitadas boemias norte-americanas, e vocês também podem jurar tem visto alguma coisa parecida lá nos confins do nordeste brasileiro. Sem contar que ainda existe o ska jamaicano, extremamente irradiado nas bandas de pop rock nacional.

Em contrapartida, a banda possui quarteto de metais – trombone, sax Tenor, sax Barítono e flauta - inclinado aos grupos de jazz norte-americanos, porém, “trajando uma roupagem” totalmente nova, comparados a outras bandas do gênero. Quem acompanha 30 minutos de show confirma que não parece com nada, não é convencional, não é rock, não é lúdico, mas é extremamente divertido.

Quem apenas ouve o CD desse grupo estará fadado a limitações e conceitos bem vazios.
Neste meio tempo as letras bem humoradas, sátiras, dificilmente românticas, podem ser um aperitivo bastante instigante, ávido por um prato principal.


Eu tinha uma entrevista para postar aqui hoje. A entrevista que deveria, também, ser publicada na revista que eu trabalho, no entanto por conta da sala de imprensa ter sido atrás do palco e por eu ter superestimado o meu gravador, o que eu consegui foram ruídos estranhos e o som do LUDOV no fundo.

Mas deixo apenas uns comentariozinhos aqui sobre o Móveis para quem gosta de música brasileira - apesar de não parecer.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

folhagem aos três fôlegos.



Eu gosto deste texto do Mário Bortolotto - dramaturgo, escritor, diretor, ator, poeta e o escalbau.
Ainda não conversei com ele. Encontei o cara num festival literário nesse final de semana, acabei trocando ums três palavras com com um grande amigo dele, o Carlos Careqa, mas to com uma certa resistência em falar com o Mário. Eu colocaria "me gustán las muchachas putanas", que também é muito bom e engraçado, porém o que tem no youtube não é tão incrível quanto o que eu vi no sábado ao vivo, e chorei de rir.

Fiquem com "Cabaré Subterrâneo". É ótimo também, com blues ao fundo... cenário boêmio... uma "despoesia" suja, urbana, deliciosa e bem caracteristica... Uma reflexão melancólica sobre solidão, a vida...